quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Livros

   Leio 4 livros ao mesmo tempo. De preferência ao mesmo tempo, alternando entre os 4. Gosto que sejam bem diferentes entre si. Ficção, tem que ter. Um de poesia, é bom. Um de história ou coisa parecida. De vez em quando um em inglês, francês ou espanhol. Os mais difíceis demoram mais e os mais fáceis vão mais rápido. De vez em quando algum volta.  Tenho evitado entrar em livrarias por que o prejuízo é certo e não estou podendo gastar muito.  Sebos tornam-se mais perigosos ainda por que compenso os preços baratos com uma montanha de livros.  Não entrei na onda do Kindle. Fiquei seriamente impressionado com o depoimento de um jornalista que foi entrevistar Susan Sontag, que morava em uma casa de 4 andares com as paredes cobertas de livros. Lembrei de Borges e seus Labirintos. Mundos dentro de Mundos dentro de Mundos. A Internet nos tem a todos presos nas suas garras. Os livros me salvam das timelines hiperativas, hoaxes irresistivelmente verossímeis, fatos questionáveis, listas inúteis e eventos fictícios. Fotos de pratos. Um close em um hamburguer. Reclamações de reclamações. Opiniões, piniões, piniões. Vida de gado. Eu costumava ser mais independente, eu costumava ser mais distraído, eu costumava ser mais concentrado, eu costumava ser menos nostálgico, menos contraditório, menos metalinguístico. A juventude e suas certezas avassaladoras que vão se esfarelando na poeira dos dias, na poeira das esquinas.

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